Entre janeiro e maio de 2022, os consórcios acumularam 1,5 milhão de vendas, crescimento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 1,35 milhão de contratações. O aumento acontece em meio a um cenário de juros altos, que tornam os financiamentos menos atrativos. Os dados são de uma pesquisa da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
Após um ciclo de aumentos, a Selic chegou a 13,25% em junho, o maior patamar desde 2016. A alta dos juros encareceu as linhas de crédito e dificultou a compra de bens por meio de financiamentos.
Segundo Luiz Antonio Barbagallo, economista da Abac, o consórcio elimina os juros e ajuda a evitar o consumismo imediato, sendo uma alternativa para quem não consegue comprar à vista. “É difícil dispor de grandes quantias desembolsadas ao adquirir bens de alto valor, para isso é preciso tempo”, afirma. Ele acrescenta ainda a insegurança de ficar com a conta bancária zerada.
Mas o head de crédito da BankRio, Daniel Garrido, ressalta que, apesar de o consorciado não pagar juros, há outras cobranças envolvidas na negociação do contrato. “Mesmo não havendo a cobrança da taxa de juros, existem taxas que o cliente deve se atentar antes de tomar a decisão, como a de administração, que pode ser bem alta dependendo da empresa ou do plano selecionado”, afirma.
R7
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