Depois dos primeiros anos de atuação no Brasil com muito barulho e incomodando concorrentes nacionais, a plataforma de marketplace Shopee, de Cingapura, mostrou os primeiros sinais de desgaste no País. Nesta semana demitiu cerca de 50 funcionários, mesmo sendo uma pequena fração dos cerca de 1,5 mil funcionários que a companhia, que possui dois escritórios na capital paulista, afirma ter por aqui.
As demissões constam na lista do site Layoffs Brasil, que vem divulgando as recentes demissões de empresas que atuam no País, principalmente das startups. Neste grupo o sinal de alerta chegou levando as empresas a enxugarem os quadros de talentos, o que reflete piora na atividade econômica e alta dos juros, o que tem fechado a torneira de capital para essas empresas, que no geral, operam no prejuízo.
Questionado sobre as movimentações, o e-commerce de Cingapura não negou as demissões, mas atribuiu esse cenário à rotatividade de pessoal na companhia. “A Shopee continua crescendo no Brasil”, declarou em nota. A empresa ainda alega que possui mais de 100 postos de trabalho em aberto nos seus escritórios e que mantém sua estratégia de negócios no País. A informação sobre os desligamentos em escala global, segundo a empresa, não atinge o mercado nacional, apenas a operação dos países vizinhos Chile, México e Colômbia.
Conforme apurou o Estadão, em meio às demissões internas, a Shopee também realizou o desligamento de cerca de 100 prestadores de serviço temporários que atuavam em um centro de distribuição de Barueri. Os trabalhadores eram terceirizados da empresa de RH GiGroup e não tiveram os seus contratos renovados. Um ex-prestador de serviço, que não quis se identificar, contou que o grupo foi informado de que toda a equipe seria internalizada, contudo, ao longo do último mês o fim dos contratos foi anunciado sem a oferta de renovação. Procurado, até o momento desta publicação, o marketplace não quis comentar o caso.
JBr
17:00:03