Uma em cada quatro mulheres não tem acesso a água tratada ou não é abastecida com regularidade, de acordo com a segunda edição do estudo “O saneamento e a vida da mulher brasileira”, publicado há um mês. O problema afeta 24,7 milhões de mulheres. Na casa de Nivalda Reis de Souza, torneiras e chuveiro têm água de cor alaranjada e que não é potável. Ainda assim, é usada no banho e para limpeza.
Essa é a realidade para 16 famílias que moram no bairro Costeira, em Iguape, no Vale do Ribeira, em São Paulo. A comunidade não tem água tratada assim como cerca de 35 milhões de brasileiros, de acordo com um levantamento do Instituto Trata Brasil. Também não há esgoto, como para quase 100 milhões de pessoas no país.
O impacto no cotidiano é mais fortemente sentido pelas mulheres, responsabilizadas pelas tarefas domésticas e pelo cuidado com pessoas que têm a saúde comprometida em decorrência das chamadas doenças de veiculação hídrica, como diarreia, esquistossomose e leptospirose.
R7
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