Uma suposta quadrilha de estelionatários de Balneário Camboriú (SC) foi presa pela Polícia Civil no momento em que deixavam uma joalheria do Leblon, bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro. Eles tentaram comprar itens de luxo com dinheiro que teria sido adquirido através de golpes aplicados na deep web. As investigações mostraram que o prejuízo chegou a R$ 1 milhão.
Apesar do pouco tempo no Rio de Janeiro — pouco menos de um mês — o grupo tem passagens por estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Eles conseguiam dados das vítimas que possuem alto limite bancário na deep web. Em seguida, clonavam cartões de crédito e geravam links para pagamentos virtuais. Por fim, transferiam o dinheiro da pessoa que teve o cartão clonado para contas de “laranjas”.
“Eles compravam produtos com altos valores. Joias, roupas de grife, maquiagem, perfumes importados e faziam a revenda desses produtos comprados com a clonagem dos cartões em contas de rede social. Eles estão acostumados a aplicar esse golpe”, disse a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP (Leblon), em entrevista ao UOL.
Depois de conseguir o dinheiro, a quadrilha realizava transações bancárias de pequenas quantias para dificultar o rastreamento. Eles compraram motos, jet skis e fizeram viagens. Segundo a polícia, as informações na deep web eram compradas por R$ 250 para ter acesso a 50 dados pessoais.
A Polícia Civil identificou que Diego Luís Pereyra Ferreira, suspeito de chefiar o esquema, Willian Teixeira Chicorsky, Fernanda Natalina dos Santos Lima e Angélica de Jesus Albercht viviam uma rotina de luxo. Além das prisões, foram apreendidos o carro usado por eles — um Audi Q3 — dez celulares, R$ 4,6 mil em espécie, uma pistola com a numeração raspada, dois carregadores e munição. Peças de ouro também foram encontradas. uol
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