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Deficit de policiais atrasa investigações na região de Prudente

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Foto: Marianna Oliveira

A falta de policiais civis em todo o estado de São Paulo é alta, mas na região de Presidente Prudente a defasagem ganha contornos dramáticos, expondo os agentes de segurança a uma rotina desgastante de trabalho. A falta de profissionais, o acúmulo de função e as longas jornadas estão levando policiais à exaustão. Os relatos desta situação foram apresentados ao Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), na tarde desta sexta-feira (05/07), durante uma reunião com delegados da região do Departamento de Polícia Judiciária de Presidente Prudente (Deinter) 8.

A escassez faz com que muitos policiais tenham que trabalhar por três ou quatro. O atendimento ao público também é prejudicado, afetando diretamente a segurança pública na região. “Você não consegue fazer o que a população gostaria que fosse feito, mas é por falta de profissionais”, afirmou o deputado federal Luiz Flávio Gomes, que acompanhou a reunião.
O SINDPESP ressalta a urgência na recomposição dos quadros de policiais civis como a solução para resolver esse problema local.  “Essa falta de investimento do governo na Polícia Civil faz com que a instituição não possa trabalhar de acordo com sua potencialidade. Muitas vezes nos deparamos limitados e até mesmo impedidos de podermos exercer as nossas atribuições. Um policial civil, por exemplo, é obrigado a cumprir a função de vários policiais praticamente ao mesmo tempo. Desta forma, normas do direito internacional do trabalho são frontalmente desrespeitadas, pois não se permite ao policial civil o direito ao descanso. Ele fica 24 horas de sobreaviso ininterruptamente, a semana toda e o mês inteiro, tendo que cumprir a função de quatro ou cinco policiais”, afirma a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati. 
Durante o encontro, os policiais falaram sobre o impacto dessa defasagem na segurança pública regional. Entre os presentes estavam o delegado seccional de Adamantina, Carlos Roberto Vasconcelos e a delegada seccional de Presidente Prudente, Ieda Filgueiras. “A partir do momento em que não se investe de forma adequada na segurança pública, na Polícia Judiciária, que é a que tem a atribuição legal e constitucional de investigar o crime e de combater as organizações criminosas através de Inteligência, você deixa a população desprotegida e não se dá a certeza do castigo para aquele que pratica o crime”, afirmou a presidente do SINDPESP. 
A visita do sindicato a Prudente integra uma série de encontros em todas as regiões do Estado. “A reunião aqui no Deinter 8, em Presidente Prudente, faz parte de um cronograma de ações do SINDPESP em que estamos percorrendo todo o estado de São Paulo para conversarmos com os delegados para sabermos quais são os problemas locais vivenciados por aqueles que combatem o crime e estão na linha de frente da segurança pública”, explica Raquel. 
O Deinter 8 é composto pelas delegacias seccionais de Presidente Prudente, Adamantina, Dracena, Presidente Venceslau e Assis, que atendem 67 municípios e abrangem uma população de quase 2 milhões de habitantes.

Assessoria de Imprensa
09:45:03
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