O acidente na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, completou 33 anos em 2019 e foi tema de uma produção televisiva que está dando o que falar mundo afora.
Transmitida pela HBO, a série “Chernobyl” dramatiza os eventos relacionados ao incidente na Ucrânia e se tornou a série mais bem avaliada da história. A versão ocidental, no entanto, desagradou os russos, que agora preparam um seriado com a sua visão do ocorrido.
A briga de versões sobre o caso, no entanto, não esconde o fato de que esse grave acidente aconteceu. Também não torna mais amena a constatação de que a sua intensidade foi 400 vezes maior que a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos contra a cidade de Hiroshima, no Japão, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
A história do acidente nuclear começa em 26 de abril de 1986, quando explodiu o reator de número quatro da usina de Chernobyl, localizada a cerca de 130 quilômetros de distância da capital da Ucrânia, Kiev, e a pouco mais de 20 quilômetros da pequena Pripyat, a cidade mais próxima das suas instalações. Há, ainda, uma cidade chamada Chernobyl, essa, porém, se encontra mais distante da usina.
Fundada em 1970 para ser lar dos funcionários de Chernobyl, Pripyat chegou a ser habitada por 50 mil pessoas e foi completamente abandonada nos momentos seguintes ao acidente nuclear. Hoje, a área que compreende a cidade e a usina é chamada de “zona de exclusão”, um lugar tão radioativo que não pode ser habitado. Estima-se que a contaminação tenha afetado uma região de 500 quilômetros que inclui não apenas a Ucrânia, mas cidades de Belarus e da Rússia.
Não há um registro oficial do número de mortos do incidente. A explosão matou imediatamente dois funcionários de Chernobyl, mas 28 bombeiros e membros das equipes de resgate morreram nos primeiros três meses por males associados à radiação. A Organização Mundial da Saúde, por sua vez, calcula em 9 mil pessoas o número de vítimas fatais.
Hoje, a região continua inabitada, embora alguns residentes das cerca de 187 comunidades localizadas nos arredores tenham decidido voltar para casa depois de a área ter sido liberada. Segundo dados da agência Reuters, o turismo está em alta por lá e aumentou em 40% depois da estreia da série, que tem apenas cinco episódios.
Clique aqui e confira as imagens que revelam como está Chernobyl e Pripyat nos dias de hoje, três décadas depois do acidente nuclear.
Exame
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