Uma nova pesquisa da Universidade de Aston, na Inglaterra, encontrou grandes diferenças nas taxas de mortalidade de homens e mulheres, particularmente em relação ao estado civil, quando vivem com insuficiência cardíaca, fibrilação atrial (a forma mais comum de arritmia cardíaca) ou após um infarto. Viúvos que sofreram um ataque cardíaco são 11% mais propensos a morrer do que as mulheres que perderam seus cônjuges.
Achados semelhantes foram encontrados entre homens viúvos com insuficiência cardíaca (10%) e fibrilação atrial (13%) em comparação com mulheres viúvas e com as mesmas condições. Homens divorciados com fibrilação atrial tinham 14% mais chance de morrer do que mulheres separadas.
— O estudo aponta que existe este fenômeno, mas não explica o que acontece com os homens. As hipóteses, baseadas em outras pesquisas, é que o homem tem menor autocuidado e segue menos as orientações médicas em relação à mulher. Além disso, a tendência de um homem divorciado ou viúvo é de passar a ter uma vida mais desregrada, com menos rotina do que quando era casado. Eles deixam de ter hora para comer, para fazer exercícios físicos e muitos passam a beber em excesso — comenta Claudio Tinoco, cardiologista e diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj).
Os pesquisadores analisaram mais de um milhão de pessoas que foram internadas em hospitais no Norte da Inglaterra com um ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou fibrilação atrial entre 2000 e 2014. O tempo de amostragem do estudo possibilitou ver como estado civil ou o gênero podem afetar o risco de mortalidade a longo prazo.
Os pesquisadores também descobriram que, entre os casados com fibrilação atrial, os homens tinham um risco 6% maior de morrer do que as mulheres. A situação é bem diferente para quem não é casado. A equipe descobriu que homens solteiros com insuficiência cardíaca, na verdade, tinham um risco 13% menor de morte em comparação com mulheres solteiras.
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