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Um dia no sítio

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As férias estavam terminando quando se decidiu passar um dia no sítio de um amigo, não muito distante de onde moravam.

As crianças maiores tinham seu sábado programado, mas logo concordaram. E foi um alvoroço só.

Saíram de casa no início da manhã, levando gostoso lanche, para saciar possível fome e sede, durante o trajeto.

As três garotinhas e os dois meninos foram falando sem parar sobre os animais que viviam no sítio, os menores dizendo de seus medos do trator, dos bois…

Quando adentraram a estrada poeirenta, deixando a rodovia para trás, o assunto explodiu nas vozes desencontradas e expectantes.

Ficaram admirados em ver que as árvores frutíferas estavam enormes!

Vovó mostrou uma mangueira copada com galhos simétricos que convidavam para uma escalada.

Perguntou para a turminha quem gostaria de ser o primeiro a subir.

Quais passarinhos criados em gaiolas, pois viviam em apartamento, ficaram com os olhos muito abertos sem falar nada.

Ela disse que, quando criança, havia uma mangueira muito grande, onde morava e costumava subir pelos seus galhos.

Foi caminhando para a árvore, lembrando, saudosa, o tempo em que tirava os sapatos e escalava galho por galho.

Ao contar as façanhas que fazia, seus olhos brilharam e um sorriso lindo se estampou na face, fazendo com que a meninada quisesse ter a experiência.

Um a um se dispuseram à aventura e, rápido, estavam todos empoleirados nos galhos.

Mamãe correu buscar o celular para registrar o fato.

Chegando a hora de preparar o macarrão para o almoço, descobriram que não havia gás no fogão.

Foi o momento da vovó reativar o velho fogão de lenha e a meninada foi à cata de gravetos para realizar mais essa proeza.

A tarde foi tomada pelo banho no rio, as brincadeiras no espaço imenso, corridas pela pradaria.

No retorno, o cansaço foi tomando os pequenos, um a um, dormindo no carro. Chegando em casa, a primeira pergunta foi quando poderiam reprisar aquele dia.

*   *   *

Muitas são as maneiras de mostrarmos às nossas crianças que podemos brincar e nos distrair de várias formas possíveis.

Quanto é saudável passarmos um dia no campo.

Podemos diversificar muito as brincadeiras, em contato direto com a natureza.

Uma árvore permite várias formas de distração, desde sua escalada até balanços com cordas, que levam a imaginarmos tocar o céu com os pés.

Com a presença de um adulto responsável, várias atividades podem ser realizadas com as crianças.

Elas têm fome de natureza, de brincadeiras simples, que permitam o desenvolvimento de sua criatividade.

Não são muitos os que conseguem montar sua própria pipa ou pandorga, e fazê-la voar pelos céus, em áreas abertas, que não ofereçam risco.

E existem os jogos de bolinhas de gude, as brincadeiras de roda, que ficaram distantes, esquecidas com suas canções alegres e soltas.

Com a tecnologia de massa, nossas crianças deixaram de exercitar coisas básicas, criando, improvisando.

Eis uma boa experiência para se colocar em prática.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.6.2019.

10:15:03

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