O ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, tentou nesta terça-feira, 11, contornar o desgaste causado com a divulgação de supostas mensagens trocadas com o procurador Deltan Dallagnol, nas quais eles discutem detalhes da Operação Lava Jato. Logo pela manhã, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para tratar do assunto e, mais tarde, almoçou com senadores, com quem combinou que irá voluntariamente explicar o episódio em comissões da Câmara e do Senado.
A primeira audiência foi agendada para a próxima quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na tentativa de evitar pressões para a abertura de uma CPI, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outros senadores aconselharam o ministro da Justiça a se antecipar para comparecer de forma espontânea ao colegiado.
A investida de Moro para evitar desgaste no Congresso ocorre diante do silêncio do presidente Jair Bolsonaro, que até o momento não se pronunciou publicamente sobre o caso. Nesta terça, em visita a São Paulo, o presidente encerrou uma entrevista quando foi questionado sobre as suspeitas que recaem sobre o seu “superministro”.
O almoço desta Terça com senadores não estava previsto na agenda do ministro. Foi Moro quem puxou o assunto das mensagens vazadas, segundo relatos de participantes. Ele repetiu aos parlamentares que foi alvo de uma ação criminosa. Alertado por um senador de que não estava ali para se explicar, passou a falar de temas relacionados ao trabalho no ministério. O encontro durou cerca de duas horas.
Estadão Conteúdo
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