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GP do Brasil de F1 tem queda de braço entre Rio e São Paulo

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Rio de Janeiro ou São Paulo? O futuro do Grande Prêmio do Brasil está nas mãos dos dirigentes da F1, que devem escolher entre a manutenção do evento no circuito de Interlagos ou a mudança para um autódromo totalmente novo no Rio.

É um assunto de suma importância para a categoria: o Brasil é um dos países onde são registradas as maiores audiências, com 115,2 milhões de telespectadores que viram ao menos um GP em 2018, bem à frente da China (68 milhões) e os Estados Unidos, com 34,2 milhões.

São Paulo recebe a corrida desde 1990, mas o contrato com a F1, que vence em 2020, ainda não foi renovado. No dia 8 de maio, o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu ao anunciar durante uma cerimônia que o Grande Prêmio do Brasil aconteceria “no ano que vem” no Rio, em um autódromo “construído em seis, sete meses”.

Essa declaração caiu como uma bomba, mas autoridades da F1 não demoraram a rebater a informação.

Na verdade o contrato de São Paulo vigora até 2020 (incluindo esse ano) e o Rio é apenas candidato à organização da prova a partir de 2021.

E diante das perguntas dos especialistas que acham impossível construir as instalações em tão pouco tempo, JR Pereira, diretor-executivo do consórcio encarregado do projeto, a Rio Motorsports, explicou à AFP que na realidade, a duração prevista das obras é de 16 a 17 meses”.

Se é apenas um ruído na comunicação ou uma jogada para forçar a mudança, uma coisa é certa: o presidente Jair Bolsonaro escolheu seu lado.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, diz ter sido “pego de surpresa” pelo anúncio de Bolsonaro e acrescentou que as negociações para a renovação do contrato estavam “avançadas”.

O governador do Estado de São Paulo, João Dória, se mostrou mais categórico: “O GP está em Interlagos até 2020 e continuará. Se o Rio quiser disputar a F-1 com São Paulo, garanto que São Paulo tem mais chance de vencer”, afirmou ele.

“Os aspecto político é muito importante, Prefeitos e governadores querem demonstrar força porque almejam cargos maiores”, explica Victor Martins, diretor da Grande Prêmio, principal site de informações sobre o automobilismo do Brasil, citando as ambições presidenciais de Dória para as eleições de 2022.

AFP
09:25:33

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