Levantamento com base nos dados dos 130 milhões de consumidores e empresas inscritos no Cadastro Positivo –espécie de lista de bons pagadores– classifica 42% dos devedores como superendividados, ou seja, com dívidas fora de controle.
Outros 13% estão no limite do controle, e 24% estão mais próximos de regularizar suas pendências. Há ainda os desorganizados (21%), aqueles que entram e saem da inadimplência, com mais despesas em dia do que atrasadas, segundo classificação realizada pela companhia de inteligência de dados Quod.
Os números do Cadastro Positivo, que contam também com dados sobre crédito bancário e contas de consumo, por exemplo, mostram um aumento de 15% no total de endividados neste início de ano em relação ao mesmo período de 2021, confirmando uma tendência vista em outros indicadores.
Em um cenário de alta de juros, inflação elevada e queda na renda da população, a inadimplência voltou a crescer e pode representar uma restrição ao consumo de bens e serviços via crédito.
Dados do Banco Central mostram que o índice de dívidas bancárias em atraso superior a 90 dias cresce desde julho do ano passado, mas ainda está distante dos picos verificados em 2012, 2016 e 2020.
Os números da Serasa, que trazem um panorama mais abrangente de dívidas, mostram que o total de devedores está próximo do recorde alcançado no início da pandemia: 65 milhões de pessoas. São R$ 265,8 milhões em débitos, ou R$ 4.046 por pessoa, com destaque para o percentual de dívidas no cartão (28%), em contas de consumo (23%) e no varejo (13%).
JBr
08:55:02