A queda de um avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão na quarta-feira, que transportava 67 pessoas, está sendo investigada, anunciaram as autoridades cazaques nesta quinta-feira (26), enquanto o Azerbaijão lamenta os 38 mortos.
Segundo a companhia aérea, o Embraer 190, de fabricação brasileira, que transportava 62 passageiros e 5 tripulantes, realizava uma rota entre Baku, capital do Azerbaijão, e Grozny, capital da república russa caucasiana da Chechênia.
Caiu perto de Aktau, nas margens do mar Cáspio, no oeste do Cazaquistão.
Uma investigação está em andamento, anunciaram as autoridades cazaques, embora alguns especialistas militares e de aviação afirmem que a aeronave, que sobrevoava uma área do Cáucaso russo onde foi relatado um ataque de drone, pode ter sido derrubada por um sistema russo de defesa antiaérea.
O Cazaquistão denunciou imediatamente as “especulações” sobre o acidente, sobre o qual não há uma hipótese oficial.
“Devemos esperar pelo fim da investigação”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O presidente do Senado cazaque, a câmara alta do Parlamento, Maulen Ashimbayev, garantiu que “não é possível” dizer neste momento o que causou a catástrofe.
“Os verdadeiros especialistas estão investigando e chegarão às suas conclusões. Nem o Cazaquistão, nem a Rússia, nem o Azerbaijão têm qualquer interesse em ocultar informação”, declarou, citado pela agência oficial russa TASS.
Vários especialistas do Ministério de Transporte do Cazaquistão, assim como uma delegação da agência de aviação civil do Azerbaijão e representantes da Azerbaijan Airlines participam da investigação.
Autoridades da Embraer e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também deverão chegar ao Cazaquistão, segundo as autoridades cazaques.
O blogueiro e especialista militar russo Yuri Podoliaka afirmou no Telegram que os buracos visíveis na fuselagem do avião eram semelhantes aos que poderiam ser causados por “um sistema de mísseis antiaéreos”.
Um piloto militar francês afirmou, sob condição de anonimato, que as perfurações na cauda do avião “se parecem muito com o impacto de estilhaços” causados pela explosão de um míssil. AFP