Os Estados Unidos informaram nesta quarta-feira que testaram com sucesso um míssil balístico intercontinental (ICBM), operação que havia sido anunciada com antecedência para evitar o agravamento das tensões com a Rússia em meio ao conflito na Ucrânia.
O Minuteman III desarmado foi lançado em 7 de setembro da Base da Força Espacial Vandenberg na Califórnia às 01h13 (05h13 de Brasília) e viajou cerca de 6.760 km sobre o Oceano Pacífico antes de afundar no mar perto do atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall, anunciou a Força Aérea em um comunicado.
“Este lançamento de teste faz parte de atividades rotineiras e periódicas destinadas a demonstrar que a dissuasão nuclear dos Estados Unidos é segura, confiável e eficaz”, disse o comunicado.
“Este teste não é o resultado de eventos mundiais atuais”, acrescentou.
Os Estados Unidos não costumam anunciar seus testes de mísseis ICBM com antecedência, mas o último teste do Minuteman III, um míssil equipado com uma ogiva que em tempos de guerra pode carregar uma bomba nuclear, teve que ser adiado duas vezes por causa das tensões internacionais.
Originalmente agendado para março, foi adiado pela primeira vez por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, com Washington temendo que Moscou usasse esse teste para amplificar o conflito para outros países.
E foi adiado pela segunda vez no início de agosto após a visita da presidente da Câmara de Representantes americana, Nancy Pelosi, a Taiwan, ilha reivindicada por Pequim.
O teste foi finalmente concluído com sucesso em 16 de agosto.
Foi uma coincidência que os dois testes tenham sido realizados tão próximos, disse o porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, na terça-feira, durante uma coletiva de imprensa.
O Minuteman III, em serviço há 50 anos, é atualmente o único ICBM terrestre no arsenal nuclear dos Estados Unidos.
Os mísseis estão alojados em silos em três bases militares: Wyoming, Dakota do Norte e Montana.
O arsenal dos Estados Unidos também inclui mísseis balísticos Trident lançados por submarinos e armas nucleares transportadas por aviões bombardeiros estratégicos.
AFP
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